quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Galhos secos, folhas mortas


O sol já paira sobre as campinas, iluminando em tons diferentes as ruas anunciando o pôr-do-sol que se aproxima. Resolvi pegar a vassoura e varrer as folhas do quintal que secas caem aos montes no inverno, havia uma ventania e o sol quente invadia meu pedaço de chão, mais não havia ventos fortes que me impedissem de limpar o meu quintal, de tirar os galhos amarronzados e as folhas secas do meu caminho, resquicios desse inverno que ferreneamente quer adentrar a porta da minha casa, da minha vida. Acordei e pensei fundo, essa é minha missão retirar as folhas secas e o galhos feios que impedem os passos pelo jardim, e que dificultam ver beleza nas coisas. As folhas estavam mortas, e sem aceitar o fim queriam voar no vento, fugir de mim, mais as apanhei, e sei que não devo deixá-las ali, acinzentando as passagens, as saídas, as entradas, relembrando que o inverno ainda persiste, e atrapalhando que folhas novas venham crescer, sei que nascerão tão lindas na próxima estação e sei que este sacrificio valerá a pena. Porque a magia do momento é ver morrer algo que sabes que nascerá mais belo em algum instante- próximo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário